Como já sabemos, a cada quatro anos atletas do mundo inteiro se reúnem para disputar as olimpíadas. Até aí tudo bem! Muito frisson, alegria, empenho, dedicação, histórias… uma explosão de emoções e uma vida regada a desafios para estar e participar de uma olimpíada. Para muitos, o fato de estar ali, já é uma vitória. Para outros, não há meio termo e o negócio é ganhar. Para além das discussões sobre ganhar ou perder, há algo que precisamos discutir e refletir que é sobre a saúde mental desses atletas.

As Olimpíadas de 2021 nos trouxeram uma bela lição sobre saúde mental. Vimos atletas que eram favoritos em suas modalidades abrirem mão da competição em prol da saúde mental. Há alguns anos e talvez até esse ano mesmo, vimos outros atletas insistirem em competir mesmo que lesionados.

Qual o preço que se paga por uma decisão? A discussão não gira em torno do que é importante ou não, do que faz sentido ou não… mesmo porque pensando de forma subjetiva o que pode ser importante para mim, pode não ser para você. A discussão gira em torno da saúde mental… do quanto podemos nos comprometer ou não emocionalmente. Sem sombra de dúvidas, o que fica como resultado positivo dessas olimpíadas é a importância que se deu e a visibilidade que a Saúde mental teve ao longo de 20 dias.

Entender que o autoconhecimento, o domínio das emoções e dos pensamentos, bem estar emocional são decisivos não apenas para se ter um bom rendimento nas olimpíadas, mas para vida toda. Aceitar e entender que a vida de um atleta de alto rendimento vai além de uma olimpíada é fundamental.

O saldo de medalhas é proporcional as decisões que você toma na vida. Cuidar de si mesmo, da sua saúde mental é sobretudo um ato de bravura e coragem. Reconhecer em si, seus limites emocionais e físicos é compreender que a vida vai muito além de ganhar ou perder.

Que essa lição sirva para todos nós! Que possamos investir em nossa saúde mental e compreender o quanto que a mesma é decisiva para uma vida plena e segura.

Anna Marchesini - CRP: 03/005426