Redes Sociais e Saúde Mental


Telma Maria

por Telma Maria

29/09/2021
Redes Sociais e Saúde Mental

A maioria das pessoas concordará que as redes sociais são instrumentos úteis e necessários. Ninguém se imagina mais sem essas redes. Porém, é muito importante saber usá-las pois elas não são nem um pouco inofensivas e podem gerar grandes estragos materiais e imateriais.

O objetivo aqui é falar do impacto das redes sociais na saúde mental, que pode ser estruturante e não estruturante. As redes sociais aproximaram as pessoas, trouxeram informações e promoveram algum acolhimento a quem precisa, principalmente durante a pandemia da covid-19. Porém, muitas coisas ruins também já aconteceram e continuam acontecendo, muitas informações não são verdadeiras ou são manipuladas, muitas pessoas já tiveram a sua privacidade invadida e até casos de suicídio já ocorreram.

Crianças e adolescentes precisam ser orientados e, em muitos casos, monitorados nas redes. O TikTok é um exemplo de rede social muito usada por essa galera mais jovem e não dá pra deixar a coisa correr solta. Internet é terra de ninguém, cada um é responsável pelo que publica.

Hoje já existem algumas iniciativas de controle de dados e acessos, o grande desafio é exercer o controle necessário sem impedir a criatividade e evitando preconceitos.

Os adolescentes, que estão numa fase crucial de construção da personalidade, são muito susceptíveis e as crianças podem ser facilmente enganadas. Portanto, orientação é sempre bem-vinda. Já caberia às escolas inserirem na sua grade curricular uma matéria que inclua o uso responsável das redes sociais. Porém, a responsabilidade maior continua sendo dos pais ou responsáveis.

O problema é que muitas vezes, nem mesmo os pais sabem como usar a ferramenta, portanto, todos precisariam ser instruídos e orientados.

As redes sociais são responsáveis pela criação de padrões que nem sempre são positivos ou alcançáveis. É preciso ter em mente que as pessoas não são iguais, aliás, seria muito chato e enfadonho se assim fosse. Por isso, tentar se adaptar a padrões impostos nas redes pode gerar profundo sofrimento psíquico.

Nem todos são magros, nem todos têm um celular da Apple, nem todos precisam ir aos mesmos shows, nem todos viajam com frequência para o exterior. Enfim, cada pessoa é única, mas esses padrões acabam criando uma demanda que, muitas vezes, nem irá satisfazer àquela pessoa ou, pior, farão com que as pessoas fiquem tristes, ansiosas, por vezes até depressivas ou tenham comportamentos inadequados e até mesmo ilícitos, que prejudicam a saúde como um todo.

Preservar a privacidade nas redes sociais é também algo importante. Não é proibido falar dos sentimentos ou postar fotos, mas é necessário que isso seja feito com cautela e responsabilidade, sem se expor em excesso.

Algumas pessoas chegam a perder noções de valores morais, postando conteúdos completamente inapropriados, que envolvem preconceitos e crueldades. Em redes como o WhatsApp, por exemplo, há pessoas que repassam a mesma mensagem para todos os contatos da lista sem se importar se o outro está ou não interessado naquele conteúdo, isto é muito pouco civilizado.

Mais recentemente, surgiram as famosas “Fake News”. Notícias falsas sempre existiram, mas aqui me refiro àquelas que são espalhadas em grande escala, na maioria das vezes disparadas por computadores, de forma muito bem arquitetada e com um objetivo político de ludibriar as pessoas.

As redes sociais estão aí, são milhares e podem ser bastante úteis, mas é necessário saber usar.

 

Dra. Telma Maria de Oliveira – Psiquiatra - CRM/BA: 5582

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