Tarcísio Martins é profissional da Holos desde 2016 e, nesse mês de Combate ao Câncer de Mama, entrevistamos esse profissional para que você saiba como o cuidado com a saúde mental pode ajudar tanto o paciente oncológico como quem convive com ele durante o tratamento.
Qual a sua abordagem?
Sou norteado pela Psicanálise e Especializado em Psicologia Clínica
Quais os temas mais focados no seu atendimento?
Atualmente, tenho focado bastante na ansiedade. Porém, tenho experiência com pacientes oncológicos devido a minha experiência profissional de 12 anos no Hospital Aristides Maltez.
Qual o seu conselho para quem está enfrentando o câncer de mama?
Em 2015 eu fiz um artigo em que trabalhei a questão do Trauma Subjetivo em mulheres mastectomizadas (mulheres que fizeram retirada da mama). Nele, eu pude perceber que muitas tinham questões para além do que era visível no corpo, tinham questões internas como: angústia, medo, insegurança. E diante disso, pude perceber que um processo terapêutico oferece a essas mulheres a possibilidade de falar e de construir um novo olhar sobre o corpo, sobre a feminilidade ou sobre si mesma. Considerando que há algo para além do físico, para não estereotipar sofrimentos e padrões. Cada sujeito é único e cada uma dessas unidades carrega consigo a sua subjetividade.
Como você orienta sobre o tratamento da saúde mental de quem está enfrentando o câncer de mama ou a pessoa que sofre por alguém que esteja com câncer de mama?
Então, a minha sugestão para quem está passando por um processo de saúde/doença é que busque um suporte psicológico, pode ser uma experiência significativa e importante.
Qual mensagem você gostaria de passar para todos?
Passamos muito tempo de nossa vida dando importância para várias coisas (muitas até desnecessárias) e esquecemos do principal: Esquecemos de nós! Então, a mensagem que eu gostaria de deixar para todos é que (re)considerem a importância de se conectar a você e se permita viver a experiência de priorizar a si em prol de atender as suas demandas de forma saudável e não de forma desesperada. Afinal, temos essa oportunidade enquanto houver vida!
Tarcísio Martins - CRP: 03/13946